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domingo, 8 de agosto de 2010

A Origem

Sair de um filme do Christopher Nolan é como sair de uma montanha-russa, você sai tonto, perdido e sem entender direito o que aconteceu, mas gostou e quer ir de novo, pra apreciar melhor o trajeto.

A Origem (Inception), assim como Batman-O Cavaleiro das Trevas e O Grande Truque (ambos do próprio Nolan) é assim. 

O filme que, no seu imenso clímax de quase quarenta minutos, chega a ter três núcleos narrativos simultâneos com os mesmos personagens tem potencial para dar um nó na cabeça de qualquer um, nele, Leonardo DiCaprio (ótimo, como sempre) interpreta um homem “especializado” em invadir mentes através dos sonhos e, então, extrair segredos. Mas as coisas mudam quando ele precisa fazer o seu trabalho derradeiro, inserir uma idéia na mente do herdeiro de uma mega corporação.

A partir daí ele recruta novos membros para sua equipe (entre eles Ellen Page, que continua com o ar insuportável da Juno e tem uma atuação bem mediana) e aprendemos junto com eles as “regras” desse jogo, que Nolan faz questão de deixar claras, mas isso não quer dizer que elas sejam simples.

O que confunde as pessoas no filme é justamente isso, não é a falta de explicação, todo o filme em si é organizado, muitíssimo bem organizado, mas ainda assim requer muita atenção, porque não deixa de ser complicado. É como se Nolan, no começo no filme explicasse que “a+b=c” e, uma hora depois, jogasse um “c” no meio do filme, se você prestou atenção na explicação anterior não vai sentir tanta dificuldade para assimilar o que está se passando. O problema é que o público é acostumado com coisas mastigadas, um outro diretor, subestimando os espectadores, colocaria um flashback, ou uma didática narração em off, explicando novamente que “a+b=c” e isso Nolan não faz, confia em seu público.

E o estúdio confia nele, afinal o filme custou 200 milhões de dólares, o que garante o primor nos efeitos especiais e nas cenas de ação, que são empolgantes e, junto com a trilha sonora que está sempre subindo não deixa o filme de duas horas e meia ficar maçante. O imediatismo criado pela trilha ajuda e muito nisso.

No fim das contas, A Origem fica muito acima da média, não é o marco revolucionário que alguns estão dizendo por aí, mas não deixa de ser um ótimo filme, pela sua originalidade, seu roteiro muitíssimo bem construido e cheio de reviravoltas inteligentes e as empolgantes cenas de ação, um típico filme do Nolan.

Mas, assim como em uma montanha-russa, alguns saem com vontade de vomitar e nunca mais pensam em pisar em uma, e esse é um risco que o diretor, felizmente, escolhe correr.

Afinal, prefiro uma montanha-russa que um um carrosel.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quem Avisa…Corrida Mortal

Quem avisa…Amigo é. Essa nova sessão do blog é exatamente isso, eu e o Fabrício, como bons amigos, lhe avisaremos, “salvaremos” de algo que é realmente ruim.

Corrida Mortal (Death Race, 2008) é um belo exemplo disso, aliás, mais que tudo, é um belo exemplo de potencial desperdiçado.

Você pode achar o que for, mas, para mim, um filme que tem condenados a prisão perpétua correndo até a morte em carros munidos de metralhadoras e mísseis com mulheres em slow-motion como navegadoras é algo muito interessante, afinal, cinema não precisa ser pura arte, nenhum filme tem a obrigação de ser a oitava maravilha do mundo, muito menos um com carros cheios de metralhadoras.

Além disso, quando vi que o papel principal era interpretado por Jason Statham fiquei ainda mais animado. O ator ganhou todo o meu respeito no quesito “filmes de ação” depois de Adrenalina, que é ação pura e sem vergonha. Desde a primeira, genial e mais calma cena do filme, toda em “primeira pessoa” até a última, rápida, seca, de fazer qualquer um soltar um palavrão. Adrenalina é um belo exemplo de filme de ação.

Corrida Mortal, não

A primeira cena do filme tinha tudo pra ser genial também, mas é estragada pelo seu maior defeito, e infelizmente não o único, parece que o diretor Paul W.S. Anderson e seu parceiro na fotografia Scott Kevan simplesmente não sabem filmar cenas de ação envolvendo carros e tiros e explosões e tudo o mais.

Pior, parece que aprenderam, do pior jeito, com Michael Bay. Simplesmente não dá pra entender direito o que está acontecendo. Panorâmica da pista, close no piloto, close na metralhadora, close na roda, explosão, close no piloto, derrapagem, corta para outra panorâmica, frase de efeito com close nos lábios do piloto, explosão, close no míssil. Tudo isso em quinze segundos, chega a dar tontura.

E isso se repete em absolutamente todas as cenas de ação do filme, única delas que merece destaque é justamente uma que não tem carros. Pelo menos não em movimento, quando Jensen Ames, o protagonista interpretado pelo carísmatico Jason espanca alguns caras em uma oficina.

Mas, como disse, as cenas de ação, absurdamente pirotécnicas e nada empolgantes, não são o único defeito do filme. Certas vezes ele beira o risível, um exemplo disso é quando, do nada, um ninja aparece na cozinha do protagonista. UM NINJA! Quer dizer, um cara vestido de ninja, que não age como ninja, esse é o problema.

O roteiro também é fraquíssimo, Adrenalina quase não tem roteiro, mas a graça do filme é essa, aliás, a alma do filme está aí, é tudo tão rápido e desesperador que nem da tempo para pensar em coisas como…roteiro! Mas Corrida Mortal em momento algum se propõe a isso, muito pelo contrário, tenta aprofundar os personagens de maneira nada convincente.

Em certo momento do filme ele nos dá um flashback patético, para dizer algo que estava óbvio até para quem estava dormindo o filme inteiro (o que nem era difícil, a julgar pela empolgação das cenas de ação), subestimando o expectador de maneira escancarada. Mas isso até é perdoável, quase todos os filmes de Hollywood fazem isso, pra ninguém terminar o filme dizendo que entendeu nada, o que não é perdoável é a redenção praticamente instantânea de um personagem e uma reviravolta totalmente absurda no final.

O grande destaque do filme fica para a fofura da bebê que interpreta a filha do protagonista.

E quando o maior mérito de um filme que tem condenados a prisão perpétua correndo até a morte em carros munidos de metralhadoras e mísseis com mulheres em slow-motion como navegadoras é um bebê, é porque tem algo muito, mas muito errado com esse filme.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Recomendação: Spartacus Blood and Sand

Lost acabou, sim foi uma perda grande. Flash Forward também chegou ao fim de sua primeira temporada, com uma grande chance de parar por aqui.

Então o que me resta, é procurar novas séries que me agradem. Isso não é muito difícil, já que tenho um amplo gosto pra tal coisa. Poderia até, sair indicando várias e várias séries aqui, como, Seinfield, According to Jim, Flash Forward, Blue Montain State, e várias outras. (Mas FF e BMS ainda comentarei aqui no Blog, caso haja 2ª temporada)

Entretanto, agora é a hora de Spartacus. A série apareceu do nada pra mim. Estava vendo tópicos de comunidades sobre o cancelamento de Flash Forward, quando me deparo com o seguinte comentário:

-- Triste ;x

-- Vou continuar vendo Dexter, Spartacus =/

Já conhecia Dexter, o Henrique Croys ama, mas eu nunca me interessei. Em compensação, Spartacus me despertou curiosidade, então recorri ao abençoado Youtube. Pesquiso e me supreendo.

Lutas, arena, gladiadores, sangue, muito sangue e cenas "hot". Tudo isso em um seriado.

Sempre gostei de filmes do tipo, com guerras Romanas, Spartans e Bárbaras, alguns como Tróia, 300, Gladiador. E também o filme 10.000 AC.

E assim logo virei fã de Spartacus. Até agora, assisti somente dois episódios, mas me deu uma vontade de escrever sobre. Não tenho bem idéia do que escrever. Então vou enrolar um pouco da história.

Spartacus é o nome que um Trácio recebe, após uma batalha contra quatro gladiadores, que estavam na arena para o matar, já que ele "traiu" as ordens do exército de Roma. Antes este Trácio tinha um acordo com tal exército, porém, Roma descumpriu o acordo, então ele se relebelou e fugiu com sua mulher, mas logo foi capturado e condenado a morte. Mas como ganhou a luta, e juntamente público, o Rei o vendeu para um dono de Gladiadores, que o levou para seu Ludus. E assim uma nova etapa inicia-se na vida de Spartacus.

Recomendo, porque é a primeira vez que acho um seriado do gênero. Além disso, a atuação do pessoal é muito boa, passam realmente o drama vivido. E também tem uma história bem intrigante, diga-se de passagem. Eu realmente gostei, e quis compartilhar isso.

Espero que assistam, e gostem.

***

Só relembrando, que nosso Podcast está por vir. Não percam. Não sei se vai ser como o Henrique disse, acho que vai ser pior, mas enfim. Se ele diz que não sabe fazer propaganda, imagine eu. Ok, ficarei quieto.

E caso alguma indicação de vocês, trabalharemos nisso. Mandem seus pedidos e sugestões. Não que queiram, ou precisem, mas para ficarmos felizes, e acreditarmos que alguem realmente lê e se interesse por esse Blórgh.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Lost

Pois é, seis anos se passaram desde o início da série. Não acompanhei desde 2004, pois não tinha Tv por assinatura. Então nos 3 primeiros anos acompanhei por nossa querida Globo, depois segui meu caminho pela internet.

Me lembro muito bem, início de 2005, ano que eu completaria 13 anos. Anuncia na telinha, um grande sucesso nos EUA, Lost. De cara ja fiquei louco para assistir, o projeto piloto passaria no domingo, no famoso “Domingo Maior”. Pena que eu perdi, sim eu dormi. Porém foi praticamente o único episódio que perdi.Ficava até tarde acordado, esperando o Jornal da Noite acabar, e quando chegava a tão esperada hora, não piscava, não ia ao banheiro, muito menos trocava de canal nos intervalos. Tinha medo de perder qualquer coisa, medo de não intender. E no outro dia, iria a aula morrendo, com olheiras gigantescas.

Nunca fui muito fã de televisão. Até aparecer Lost, parece que isso mudou meu jeito de ver Tv, com certeza. Lost, desde o primeiro instante me cativou, fez eu querer cada dia mais e mais, fez eu torcer para os mocinhos, ou não, como nunca.

No começo eu queria adivinhar as coisas, como fiz na maioria dos filmes. Falava as coisas que iam acontecer, pra mim mesmo, mas falava. E sempre estava errado, esta série me surpreendia cada vez mais, me deixando de boca aberta, queixo caido, cara de tacho.

A sobrevivencia, a compaixão, a seriedade, tudo isso diante do caos. Pessoas assustadas, em uma ilha cheia de mistérios, monstros, pessoas más e milagres.

Chegamos a 2ª temporada, uma escotilha é descoberta. Um mistério gigantesco a ser desvendado, e também uma figura que fará parte da história. Um personagem que desde o início sofreu muito. Mas que no final, se tornaria, sem exagero, indispensável. Participou de todas as temporadas a seguir, foi como um personagem especial, começou então ser a solução de tudo que aconteceria. Também surgia nesse tempo, o tal Flash Back, muito utilizado, muito esclarecedor. Uma idéia genial.

E então o tempo foi passando, não exatamente dentro do Lost, mas foi passando para o Lost. Elenco se alternando muitas vezes, atores de outros lugares além dos EUA. Como por exemplo, um dos atores mais bem sucedidos do Brasil, Rodrigo Santoro. Apesar de uma rapidíssima passagem na 3ª temporada, não deixou de comparecer a série carregando o título de brasileiro. Sua morte foi um tanto complicada, até porque foi enterrado vivo. Mas foi lembrado na última temporada, pois levava consigo um saquinho de diamantes.

E assim várias coisas foram acontecendo, coisas importantes e outras nem tanto, coisas emocionantes, coisas surpreendentes. Algumas das cenas que mais me chocou, foram a morte de Charlie e a suposta morte de Jin, que por sinal me arrancou uma lágrima solitária. Tudo isso somente na 4ª temporada.

Logo estavamos na 5ª temporada, muitas perguntas e poucas respostas. Além de muitas queixas, afirmando que os diretores tinham se perdido, o que creio que não houve. Utilizavam também, além de Flash Backs, os Flash Fowards, que nos deixavam aflitos, pois algumas vezes era impossível imaginar que tal futuro aconteceria. As coisas começaram a ficar mais críticas ainda, muitas perdas, muito sofrimento. Com sobreviventes dentro e fora da ilha, as coisas não corriam bem. Quem estava na ilha queria viver em paz depois de muito sofrimento, e quem não estava queria buscar a paz dentro da ilha.

Finalmente, a 6ª temporada. Os fãs estavam loucos, eu particularmente um fã indiscutível, não esperava muito pelo último ano de Lost, pelo simples fato de que acabaria. Semana passada mesmo, comentei com o Henrique sobre o lançamento do penúltimo episódio, e de como o tempo passou rápido. Eu fascinado por Lost, no primeiro ano, quando nos conhecemos, eu não parava de falar sobre essa série, de como ela me encantava, dos mistérios que eu não decifrava. Não é a toa que ele me zombou por achar o Sawyer bonito, sim, ele é meu personagem favorito, me surpreendia cada vez mais, usava armas, era vigarista, sedutor e garanhão, foi o que mais pegou mulher na ilha. Sem contar seu cabelo, eu invejava aquele cabelo, o meu era comprido, mas não era como o dele. O primeiro presente que Henrique me deu, foi uma revista sobre Lost, falando dos mistérios, curiosidades e contendo o mapa da ilha. Eu tenho ela até hoje.

Então domingo chegou, o dia que passou primeiramente na ABC para os EUA. Eu como um bom internauta, esperei. E segunda-feira apareceu o link para download. Sinceramente, estava morrendo de medo de clicar, fiquei um bom tempo pensando, recapitulando toda a série em minha cabeça, com medo de que aquela uma hora e meia poderia estragar todo meu conceito, ou que poderia até me magoar.

Mas cliquei, na segunda feira de manhã. Minha internet não é lenta, mas o congestionamento era grande, infelizmente estava baixando a 0,5 kbps. Então deixei a noite inteira baixando. Fui assistir hoje de manhã.

E exatamente agora, minha mente travou, minhas mãos tremem, só consigo focar no cursor piscando. Não consigo nem dizer o que sinto sobre o final, essa série representa muito pra mim. Seu final, pra mim foi excepicional. Pessoas ainda perguntam, o que um urso polar fazia na ilha, mas essa pergunta ja foi respondida, no decorrer da série. E os mistérios, o “The End", somente quem acompanha fielmente e realmente ama Lost intenderá. Talvez não tenha mesmo respondido todas as questões. Mas Lost vai além da razão, temos que sentir, acho que o final habita em nós, podemos decifrar do jeito que quisermos, do jeito que sentimos.

Uma série com 114 episódios, com no mínimo 80 horas em frente a Tv ou ao Pc. Uma série em que até nos ultimos minutos não sabia o que iria acontecer. Uma série que torna personagens em heróis. Uma série que mesmo sendo ficção, me faz acreditar que temos um destino na vida, não importa se tomamos um atalho, ou se seguimos por um caminho mais complicado, mais cheio de perigos, sempre seremos reencaminhados ao lugar certo, ao nosso destino. Uma série que me deixa sem palavras e me faz escorrer lágrimas.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Legião

Mal começou e já acabou, foi essa a impressão que tive após assistir o filme. Não que seja tão curto assim, afinal Legião (Legion) tem 104 minutos.

Mas sabe aqueles filmes, que o suspense e a aflição comandam desde o primeiro minuto? Pois é, esse é assim.

Uma história maluca, com cenas, definitivamente,  inesperadas. A que mais me chamou a atenção foi a seguinte, imagine só, uma velhinha de uns 70/80 anos chega a uma lanchonete no meio do deserto dirigindo um carro, estilo Cadillac. Descendo do carro, filmada com aquele ângulo clássico onde aparecem primeiramente os pés, usando um andador, entra no estabelecimento, com a carinha mais simpática do mundo, e ja se relaciona com todos do local. Até que se transforma, e voa com dentes afiados no pescoço de um homem, logo em seguida leva uma panelada na cabeça, e olhe que não foi uma simples panelada, ela cai, mas se levanta apenas com um corte. Agora o mais sinistro, essa mesma velhinha sai correndo, pulando as mesas sobe na parede, e perambula pelo teto. Na hora não sabia se ria, ou se ficava assustado. E isso foi ainda no começo do filme.

Paul Bettany vive o anjo Miguel, que no filme se rebelou contra Deus, na tentativa de evitar a destruição da humanidade, isso mesmo, na história Deus perde a fé nos homens, e manda milhares de anjos que transformam pessoas comuns em zumbis para o nosso extermínio, um deles é o anjo Gabriel interpretado por Kevin Durand, porém a missão dele é outra. 

O filme se assemelha com um filme de zumbis qualquer, onde pessoas as infectadas e correm atrás do resto. O diferente, é que nesse filme existem vários tipos de pessoas zumbis, desde aquela velhinha até criancinhas inocentes e meiguinhas, além disso, os zumbis dirigem, pensam e armam truques.

Outro fato interessante é que os anjos não são como de costume, asas branquinhas, fofinhos e cabelos cacheados. Aqui eles são munidos de facas e armamento de aço, sem contar suas armaduras e asas que também são de aço.

Legião também não conta somente a história de anjos e zumbis, há um relacionamento familiar e um momentâneo que é criado dentro da lanchonete. Basicamente, existe uma nova “Virgem Maria”, que carrega no ventre uma criança, cujo seu destino ainda não está escrito, e essa criança é a nossa única salvação. Este é o motivo do Anjo Miguel estar protegendo-a.

Um filme muito legal pra assistir, como já disse, passa num piscar de olhos, e facilmente você estará apreensivo com o que irá acontecer, creio eu. Basta ter uma mente aberta, e não levar em conta a heresia -ou não- que o filme trás.