sexta-feira, 30 de abril de 2010

500 Dias com Ela

Comédias românticas são, em sua maioria, todas iguais.

O casal se conhece, briga, e no final quando um deles está indo embora para a Mugâmbia Setentrional, se arrependem, fazem juras de amor eterno e vivem felizes para sempre.

500 Dias com Ela (500 Days of Summer, no ótimo título que só faz sentido em inglês) não é assim, o filme narra à história de Tom (Joseph Gordon-Levitt), um arquiteto que escreve cartões para datas especiais, presentes e afins, que conhece no escritório onde trabalha a bela, charmosa, simpática e, por vezes insuportável Summer (Zooey Deschanel) iniciando, obviamente, um relacionamento conturbado. Sei que falando assim, o filme parece mais do mesmo, o que nem é de todo ruim para uma parcela do público, mas o que é péssimo para o resto do mundo. Felizmente, 500 Dias com Ela é feito para agradar a gregos e troianos, ao menos nesse quesito.

Aliás, definir 500 Dias com Ela como “comédia romântica” a meu  ver, pode ser um erro, o filme que trata essencialmente de amor tem um humor refinado, não é o tipo de filme que te faz gargalhar, mas te deixa com um sorriso, por vezes agridoce, no rosto. Beira mais a tragicomédia do que a comédia romântica. A maior parte da graça do filme não está no casal em si, e sim no que o relacionamento causa a cada um deles, isoladamente.

Contado de maneira não-linear, e embalado por uma trilha sonora inspiradíssima que casa perfeitamente com o clima indie do filme rendendo até alguns “clipes” isolados e ótimos das mesmas músicas, 5oo Dias com Ela mexe profundamente com quem o assiste.

Seja porque você nunca entende direito o que está acontecendo, a primeira vista, a cena na loja de discos parece uma coisa, depois outra e, enfim, descobrimos do que se trata. O filme do diretor Mark Webb brinca com isso a todo momento.

Ou talvez ficamos abalados ao assistir o filme porque, de uma maneira ou de outra, é praticamente impossível não se identificar com um dos personagens principais. Summer é aquela mulher independente, tem medo do amor, foge dele, e não aceita muito bem o fato de ser amada, Tom mostra-se exatamente o contrário, mergulha de cabeça na relação e, conseqüentemente, sofre mais.

Analisando 500 Dias com Ela vemos que tanto Tom, quanto Summer tiveram um papel essencial na vida um do outro nesses quinhentos dias, ela o ensinou a ser mais confiante, e ele mostrou a ela aquilo que o filme quer mostrar a todo mundo que o assiste. É como se o filme fosse Tom, e o espectador, Summer. E a lição que aprendemos junto com ela é a mais valiosa possível:

O amor vale sim à pena! Assim como 500 Dias com Ela.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Coração Louco

O que dizer no meu primeiro post sobre filmes? Levei uma sorte danada de ter escolhido um filme fácil, não que os outros não sejam, mas a gente se sente melhor quando faz algo que gosta, sobre o que gosta.

E sem enrolação, Coração Louco (Crazy Heart), é um filme muito bom e gostoso de assistir, ou seja, eu gostei. Talvez, não pelo roteiro, que é bastante triste, objetivo do autor, e sim pela trilha sonora, aposto que vai perceber que eu e o Henrique nos encantamos facilmente, ou não, com a musicalidade dos filmes, enfim, o drama se desenvolve com muito country, e country do bom!

Jeff Bridges vive um cantor fracassado, viciado, com sérios problemas de saúde e financeiro, chamado Bad Blake, que já foi um grande nome da música, mas ultimamente não passa por bons momentos. O ator foi muito feliz em ser chamado para o cargo, onde demonstrou sentimentos a flor da pele, um papel um tanto complicado, mas que se for bem representado, certamente irá ser recompensado. E não foi diferente, Jeff Bridges é hoje o melhor ator, ganhador do Oscar e do Globo de Ouro 2010.

Scott Cooper (diretor) explorou o máximo que pode de Jeff, que no filme não foi “apenas” um ator, mas também um cantor, por sinal, de alta qualidade. Com uma voz marcante e sotaque sulista, Blake demonstra o porque de já ter alcançado o sucesso, embora não muito reconhecido pela nova geração da música country.

Entretanto, logo no começo do filme eu me per guntava, será que o filme inteiro vai ser assim, tristão? Nenhum romancezinho? Nenhuma paixão? Mas, sem muita demora, fui respondido, e sim, o filme tem um romance. Maggie Gyllenhaal indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, interpreta Jean Craddok uma jornalista local, de uma pequena cidade, mãe solteira de um filho de 4 anos, e em uma de suas primeiras entrevistas com um artista famoso, ela se apaixona, por - óbvio - nada mais, nada menos, que Bad Blake. Todavia, que um romance, seja regado de pegações e sexo, o drama trás um amor mais light, que por parte do cantor, é enxergado de forma diferente, tratando-se de uma família, já que se envolve diretamente e emocionalmente com o pequeno Buddy (Jack Nation).

Crazy Heart também é detentor de mais um Oscar 2010, o de Melhor Canção Original com The Weary Kind.

Então está aí, se você curte um drama, que tem como base a música, Coração Louco é uma ótima pedida.

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sábado, 24 de abril de 2010

Um Estouro de Blog

Começar um bom blog não é tão fácil quanto parece, então gostamos de pensar que a dificuldade que temos agora é um bom sinal.

Acreditamos que tudo o que você precisa saber sobre o blog em si, está na aba (surpreenda-se) “Sobre” logo acima. Por isso é tão difícil começar.

Não que esse seja um bom blog, atualmente, acreditamos que ele seja um lixo, mas ja começamos com a pretensão que ele um dia se torne um bom blog, que nos renda muito dinheiro e fama. Como um filme qualquer da Sessão da Tarde. Não que o Pipocas de Microondas seja equivalente a algum Lagoa Azul da vida. Foi apenas uma tentativa de piada mesmo.

Afinal, quem somos nós? Se você clicar em “Autores” vai descobrir, com mais detalhes, piadas internas e ofensas gratuitas. Mas, em resumo, somos dois amigos que resolveram, meio que do nada, falar sobre cultura em geral. Não que sejamos cultos, mas gostamos de dar palpites e gritar nossas opiniões aos quatro cantos do mundo. Mesmo que pareça piada*, ou não.

E, você bem sabe que não há lugar melhor para dar palpites e gritar opiniões aos quatro cantos do mundo do que a internet. E nela, o meio mais fácil de dar palpites e gritar opiniões aos quatro cantos do mundo, é criando um blog.

Não haverá um periodicidade pré-determinada para os posts, mas garantimos que isso não ficará as moscas. Os posts aparecerão conforme os textos forem escritos e os fãs nos ameaçando de morte. Se eles existirem fora da nossa imaginação.

Portanto, comente aqui nesse primeiro post para não ficarmos depressivos, siga o blog, divulgue e, acima de tudo, leia. Verá então que tudo em sua vida vai melhorar conforme for se servindo das Pipocas de Microondas.

Henrique e Clariano agradacem =)

*Mas, é claro que não queremos fazer um blog de humor. Seria um fracasso ainda maior.