quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Recomendação: The Nightwatchman

Tom Morello sempre foi conhecido por ser um guitarrista, além de muito criativo, que  usa e abusa das distorções e efeitos para criar sons e riff’s sempre originais e com sua marca inconfundível.

No Rage Against the Machine e no Audioslave (banda que considero um milhão de vezes melhor) sempre foi assim, é Tom tocando ali, se você já o escutou uma vez, logo reconhece, o que é a única coisa que salva no RATM e um dos maiores atrativos no Audioslave.

Portanto, imagine a minha supresa ao descobrir que Tom Morello tinha um projeto no qual tocava violão e, ainda por cima, cantava.

O nome do projeto é The Nightwatchman, e é nele que Tom, munido de seu violão e sempre politizado, canta suas músicas de protesto com uma voz grave, rouca e que combina perfeitamente com o estilo das músicas.

Com uma pegada bem country/folk Tom abusa da sua craitividade para criar melodias simples, de refrões grudentos, que conseguem soar agressivas e calmas ao mesmo tempo, do primeiro disco, o único que tive oportunidade de escutar até agora (são dois) as músicas que merecem destaque são One Man Revolution, que intitula o álbum, e The Road I Must Travel, onde Tom mostra todo o seu talento para criar riff’s grudentos e geniais, seja em qualquer instrumento. Aliás, essa segunda canção ganha uma cara bem indie no refrão, quando o guitarrista canta junto com um violiono um “nanana” grudento e adorável.

Talvez o disco só careça um pouco de ânimo, mas, assim como os grandes discos do estilo, não foi feito para animar, e sim para contar histórias e, no caso de Tom, protestar.

Os fãs do peso habitual do artista talvez estranhem um pouco esse projeto, mas ele só prova o quão gênio Tom Morello é, seja como criador de riff’s pesados e solos doentios ou trovador, o seu talento é indiscutível.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Príncipe de Pérsia: The Sands of Time

Eu, como de praxe tenho uma tendência considerável de ao começar qualquer filme ou série, duvidar de sua capacidade de surpreender o público, principalmente a mim mesmo (quem já leu minhas “obras” sabem [entretanto, não acredito que haja alguém que aguente ler minhas opiniões]).

Mas mais uma vez fui surpreendido, muito bom. Realmente, eu gostei bastante do resultado final dessa incrível produção. Talvez neste caso, eu nem tenha duvidado tanto. Isso devido de eu já gostar do game, e ser um quase fã (nem sei como isso acontece).prince-of-persia-sands-of-time

Um pouco apagado, aliás, muito prejudicado pela SUPER/MEGA/HIPER pré-estréia mundial de Eclipse. O que chega ser até uma piada, de muito mal gosto por sinal. Deste jeito, Prince of Persia, originalmente, obteve um fracasso no fator bilheteria.

Obviamente, isso não interfere no enredo da aventura, dirigida por Mike Newell, que é muito bem bolada, assim como os efeitos especiais empolgantes, agilidade dos personagens apuradas, e uma fotografia ótima, evitando assim, aquelas cenas fakes, quando há escalagens onde quer que seja ou algo semelhante em filmes.

Jake Gyllenhaal que já vem me cativando, principalmente depois de Brothers, fez mais uma atuação ótima, na verdade quero dizer algo mais que ótimo, mas não excelente. Exibindo sua forma física, que parecia estar no auge, ou não, não sei, prefiro não acompanhar preparos físicos, muito menos beleza de atores. Deixo isso para as garotas, ou mesmo pro Henrique.

Na verdade quem me encanta é Gemma Arterton, aai ai que lindinha está no filme. Lindinha no filme e só bonitinha na vida real, porém com um currículo carregado, só em 2010 participou de quatro filmes, sendo protagonista em dois deles. Os outros dois, foram nada mais nada menos que Fúria de Titãs e obviamente Príncipe de Pérsia.

Pessoalmente o filme me agradou em tudo, aliás, quase tudo, o final soou um pouco broxante. Nada que mude minha idéia. Acho que nem a sua, caso assistir, ou se já assistiu. Mas quem não está interessado, sinto muito informar, está perdendo um filmão. E se ainda me perguntarem se eu aconselho este filme, acho que não resta dúvida quanto a minha resposta. Mas pra falar a verdade, quem vai perguntar, além da minha mãe? ¬¬’ E olhe lá.

domingo, 8 de agosto de 2010

A Origem

Sair de um filme do Christopher Nolan é como sair de uma montanha-russa, você sai tonto, perdido e sem entender direito o que aconteceu, mas gostou e quer ir de novo, pra apreciar melhor o trajeto.

A Origem (Inception), assim como Batman-O Cavaleiro das Trevas e O Grande Truque (ambos do próprio Nolan) é assim. 

O filme que, no seu imenso clímax de quase quarenta minutos, chega a ter três núcleos narrativos simultâneos com os mesmos personagens tem potencial para dar um nó na cabeça de qualquer um, nele, Leonardo DiCaprio (ótimo, como sempre) interpreta um homem “especializado” em invadir mentes através dos sonhos e, então, extrair segredos. Mas as coisas mudam quando ele precisa fazer o seu trabalho derradeiro, inserir uma idéia na mente do herdeiro de uma mega corporação.

A partir daí ele recruta novos membros para sua equipe (entre eles Ellen Page, que continua com o ar insuportável da Juno e tem uma atuação bem mediana) e aprendemos junto com eles as “regras” desse jogo, que Nolan faz questão de deixar claras, mas isso não quer dizer que elas sejam simples.

O que confunde as pessoas no filme é justamente isso, não é a falta de explicação, todo o filme em si é organizado, muitíssimo bem organizado, mas ainda assim requer muita atenção, porque não deixa de ser complicado. É como se Nolan, no começo no filme explicasse que “a+b=c” e, uma hora depois, jogasse um “c” no meio do filme, se você prestou atenção na explicação anterior não vai sentir tanta dificuldade para assimilar o que está se passando. O problema é que o público é acostumado com coisas mastigadas, um outro diretor, subestimando os espectadores, colocaria um flashback, ou uma didática narração em off, explicando novamente que “a+b=c” e isso Nolan não faz, confia em seu público.

E o estúdio confia nele, afinal o filme custou 200 milhões de dólares, o que garante o primor nos efeitos especiais e nas cenas de ação, que são empolgantes e, junto com a trilha sonora que está sempre subindo não deixa o filme de duas horas e meia ficar maçante. O imediatismo criado pela trilha ajuda e muito nisso.

No fim das contas, A Origem fica muito acima da média, não é o marco revolucionário que alguns estão dizendo por aí, mas não deixa de ser um ótimo filme, pela sua originalidade, seu roteiro muitíssimo bem construido e cheio de reviravoltas inteligentes e as empolgantes cenas de ação, um típico filme do Nolan.

Mas, assim como em uma montanha-russa, alguns saem com vontade de vomitar e nunca mais pensam em pisar em uma, e esse é um risco que o diretor, felizmente, escolhe correr.

Afinal, prefiro uma montanha-russa que um um carrosel.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

E então veio Lola

Escrito por Ellen Seidler e Megan Siler o longa trás uma versão lés do filme alemão de 1998 “Corra, Lola. Corra!”.

O título original do filme “And Then Came Lola”  AndThenCameLola2 com estréia em 2009, conta um dia, logicamente, de Lola. Uma fotógrafa lésbica, interpretada por Ashleigh Sumner, que tem um sério problema com horários, e sofre pra ser pontual, principalmente em curtos períodos. E o conflito da história, acaba sendo a dificuldade que tem para conseguir entregar um envelope para sua namorada à tempo. Assim fica em jogo a sua vida amorosa e a vida profissional de sua namorada.

O filme tem praticamente só mulheres, e mulheres lésbicas. Até a policial que apreende seu carro é. Afinal, o tanto de homens que aparece, da pra contar nos dedos, por cima contei 5, sendo que dois deles eram gays.

Lola tem 3 chances, o que também acontece no filme alemão, só que para acordar, atravessar toda a cidade e encontrar sua namorada, que está em uma “reunião” de trabalho, com outra mulher. Mas mesmo a história sendo contada tantas vezes, o filme não fica chato, e sempre seus acontecimentos são alterados, porém com o mesmo objetivo.

Os eventos são realizados com bastante música, uma das coisas mais legais do filme é a trilha sonora, que também é feminina. São músicas bem atuais que expressam e acompanham muito bem os fatos.

Outro fator bem interessante e legal do filme, são as animações. Em alguns momentos do filme, Lola toma a forma de desenho, e por poucos minutos cria algumas situações, que por sinal muito bem feitas. lola_cast_web

É bem isso, eu gostei bastante. Poderia até te-lo encaixado na sessão de recomendações, mas não achei conveniente. E apesar de ter gostado, no começo achei que seria um filme chato, rolou um certo preconceito sim, mas no desenrolar da história mudei de idéia, e com razão. O que foi bem rápido. Afinal, o filme tem apenas 71 minutos.

domingo, 25 de julho de 2010

Pipocast Number one.

Se deliciem com vozes másculas e sedutoras. Encantando a qualquer um com comentários esdrúxulos sobre filmes, música e Tv.

Participação Especial:

  • Ulisses, o Homem da voz sexy
  • Japoneis, mais conhecido como Leandro

Trilha Sonora:

  • Steady As She Goes – The Raconteurs
  • Insensatez, a mulher que faz – Graveola e o Lixo Polifônico
  • Deixa Fude – Cachorro Grande
  • Coracion – Banda Gentileza

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pipocast #1 à Caminho!

Acabamos agora de gravar o primeira Pipocast, o super podcast desse humilde blog.

Falta a edição, coisa que eu e Fabricio já estamos dando um jeito, umas musiquinhas pra animar porque cortes não existirão.

Domingo, dia 25, o programa estará no ar para que você possa escutar nossas vozes sedutoras falando de tudo um pouco, de música à TV, desrespeitando totalmente a pauta que, de um jeito ou de outro, praticamente nem existia. Aliás, ela chegou a ser discutida durante as gravações, “ao vivo”.

Portanto, fique atento, porque você não vai querer perder.

E mesmo se não quiser escutar, escute de qualquer jeito, para não ficarmos tristes.

Eu, o Fabrício, o Japonês e o Ulisses te esperamos :D

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quem Avisa…Corrida Mortal

Quem avisa…Amigo é. Essa nova sessão do blog é exatamente isso, eu e o Fabrício, como bons amigos, lhe avisaremos, “salvaremos” de algo que é realmente ruim.

Corrida Mortal (Death Race, 2008) é um belo exemplo disso, aliás, mais que tudo, é um belo exemplo de potencial desperdiçado.

Você pode achar o que for, mas, para mim, um filme que tem condenados a prisão perpétua correndo até a morte em carros munidos de metralhadoras e mísseis com mulheres em slow-motion como navegadoras é algo muito interessante, afinal, cinema não precisa ser pura arte, nenhum filme tem a obrigação de ser a oitava maravilha do mundo, muito menos um com carros cheios de metralhadoras.

Além disso, quando vi que o papel principal era interpretado por Jason Statham fiquei ainda mais animado. O ator ganhou todo o meu respeito no quesito “filmes de ação” depois de Adrenalina, que é ação pura e sem vergonha. Desde a primeira, genial e mais calma cena do filme, toda em “primeira pessoa” até a última, rápida, seca, de fazer qualquer um soltar um palavrão. Adrenalina é um belo exemplo de filme de ação.

Corrida Mortal, não

A primeira cena do filme tinha tudo pra ser genial também, mas é estragada pelo seu maior defeito, e infelizmente não o único, parece que o diretor Paul W.S. Anderson e seu parceiro na fotografia Scott Kevan simplesmente não sabem filmar cenas de ação envolvendo carros e tiros e explosões e tudo o mais.

Pior, parece que aprenderam, do pior jeito, com Michael Bay. Simplesmente não dá pra entender direito o que está acontecendo. Panorâmica da pista, close no piloto, close na metralhadora, close na roda, explosão, close no piloto, derrapagem, corta para outra panorâmica, frase de efeito com close nos lábios do piloto, explosão, close no míssil. Tudo isso em quinze segundos, chega a dar tontura.

E isso se repete em absolutamente todas as cenas de ação do filme, única delas que merece destaque é justamente uma que não tem carros. Pelo menos não em movimento, quando Jensen Ames, o protagonista interpretado pelo carísmatico Jason espanca alguns caras em uma oficina.

Mas, como disse, as cenas de ação, absurdamente pirotécnicas e nada empolgantes, não são o único defeito do filme. Certas vezes ele beira o risível, um exemplo disso é quando, do nada, um ninja aparece na cozinha do protagonista. UM NINJA! Quer dizer, um cara vestido de ninja, que não age como ninja, esse é o problema.

O roteiro também é fraquíssimo, Adrenalina quase não tem roteiro, mas a graça do filme é essa, aliás, a alma do filme está aí, é tudo tão rápido e desesperador que nem da tempo para pensar em coisas como…roteiro! Mas Corrida Mortal em momento algum se propõe a isso, muito pelo contrário, tenta aprofundar os personagens de maneira nada convincente.

Em certo momento do filme ele nos dá um flashback patético, para dizer algo que estava óbvio até para quem estava dormindo o filme inteiro (o que nem era difícil, a julgar pela empolgação das cenas de ação), subestimando o expectador de maneira escancarada. Mas isso até é perdoável, quase todos os filmes de Hollywood fazem isso, pra ninguém terminar o filme dizendo que entendeu nada, o que não é perdoável é a redenção praticamente instantânea de um personagem e uma reviravolta totalmente absurda no final.

O grande destaque do filme fica para a fofura da bebê que interpreta a filha do protagonista.

E quando o maior mérito de um filme que tem condenados a prisão perpétua correndo até a morte em carros munidos de metralhadoras e mísseis com mulheres em slow-motion como navegadoras é um bebê, é porque tem algo muito, mas muito errado com esse filme.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Educação

É, podemos adimitir que educação não está muito na moda ultimamente. Pessoas arrogantes e maus caracteres estão tomando conta do mundo. Podemos ver que esse tipo de educação não está sendo tão valorizada pelos pais, como antigamente, e com isso só temos a perder.

Porém falando de Educação o filme, An Education originalmente, poster_an_education não é essa idéia que eles passam. Aliás, o que transmitem no final, é o óbvio. Mas não vou falar aqui –espero-, até porque é óbvio, e essa sim, nossos pais vivem falando.

Uma histórinha meio boba, meio sei lá. É um filme bem feminino, antes de começar a assistir eu nem sabia, mas depois que comecei, me decepcinei. Conta um pedaço da vida de uma garota inglesa, a Jenny, uma violoncelista, muito estudiosa, que tem alguns sonhos em sua vida. Tudo normal.

Um dos seus sonhos é estudar letras, mais especificamente, latim, na universidade de artes de Oxford. Só que mesmo sendo uma excelente aluna, sofre muita pressão de seus pais, pois tem um pouco de dificuldade em inglês.

Mas também a história não é só isso. Seu outro sonho é conhecer Paris (meu também). Entretando não pode, porque tem apenas 16 anos, e seus pais não são ricos o suficiente para um passeio desses.

Também no começo do filme, surge um cara que vai mudar essa história. David é rico, de boa aparência e muito carismático, logo conquistou a garota e seus pais. Apesar Jenny ser muito nova, seus pais acabam confiando no rapaz, que com algumas mentirinhas bobas, sabidas pela menina, conseguia a levar para passeios e tudo mais.

Jenny já se sentia apaixonada. E mesmo sabendo do trabalho sujo do moço, deixou um pouco de lado a vida de estudiosa, para viver uma aventura, que também fora incentivada pelos seus pais.

E assim se desenrola, com alguns pequenos conflitos, opiniões externas, sentimento fortes, música francesa, e cigarro, muito cigarro.

Sinceramente o que mais me supreendeu no filme, não faz parte da história, foi simplesmente a indicação para o Oscar. Não achei que merecesse. Sim, nem mesmo a indicação. Mas também, a atriz fez um papel muito bom, mesmo sendo apenas uma adolescente. Só não acho que foi uma atuação excelente. Apesar disso ainda creio que comentaremos aqui, muitos filmes dela ainda. Tem um futuro promissor.

Ah! Já ia me esquecendo. O nome dela é Carey Mulligan.

Enfim, se fosse para eu dar nota, esse longa não alcançaria muito coisa comigo não, mas para ser sincero, mais uma vez, quem sou eu, né!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Meaghan Smith – The Cricket’s Orchestra

Não sei muito bem porque baixei esse disco, a cantora não é famosa (sua maior comunidade no orkut tem pouco mais de cinquenta membros) e, pelo menos por enquanto, não está na boca do povo.

Mas, fato é que primeiro de tudo eu fui parar no MySpace dela, ouvi as músicas e pensei “poxa, legal, vou baixar” e baixei. Não podia ter feito melhor.

Confesso que antes de escrever essa resenha não pesquisei nada sobre a cantora, e muito menos sei classificar que tipo de música ela faz, talvez Jazz, mas ainda assim, não sei dizer. Lembra um pouco Regina Spektor sobretudo na música que abre o disco, Heartbroken, mas sem o piano frenético e sempre presente, e com melodias mais fluentes, por assim dizer.

Meaghan Smith provavelmente veio na onda de mais um monte de cantoras que apareceram, junto até com a Regina Spektor, nos últimos anos, mas em apenas um disco demonstra ter mais sensibilidade e músicas menos radiofônicas do que todas as outras que ja emplacaram alguns hits, como a Kate Nash, por exemplo.

De todo o disco, que é irretocável, destaco Soft Touch. Aliás, o nome dessa música traduz todo o trabalho.

Melodias calmas, tranquilas, calcadas em arranjos muito bem feitos, simples e ainda assim bem trabalhados que nunca pecam por excesso, algo que está se tornando frequente (Soft Touch conta com um violão, possivelmente uma sanfona, e um maravilhoso arranjo de cordas em certa parte da canção, ja A Little Love brinca com sons eletrônicos enquanto a segunda música, I Know remete a bares esfumaçados de Jazz, ou a algum cabaré com um forte baixo e um piano suave, além de um maravilhoso arranjo de metais, presentes durante quase todo o disco) marcam todo o álbum. A voz da Meaghan transmite, junto com a música, sobretudo paz, e não há quem negue que é isso que precisamos.

Disco perfeito, e sem dúvida alguma, uma das melhores coisas que escutei esse ano. E em muito tempo.

Vídeo de If You Asked Me, terceira canção do álbum, já que não achei Soft Touch no Youtube.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Recomendação: Spartacus Blood and Sand

Lost acabou, sim foi uma perda grande. Flash Forward também chegou ao fim de sua primeira temporada, com uma grande chance de parar por aqui.

Então o que me resta, é procurar novas séries que me agradem. Isso não é muito difícil, já que tenho um amplo gosto pra tal coisa. Poderia até, sair indicando várias e várias séries aqui, como, Seinfield, According to Jim, Flash Forward, Blue Montain State, e várias outras. (Mas FF e BMS ainda comentarei aqui no Blog, caso haja 2ª temporada)

Entretanto, agora é a hora de Spartacus. A série apareceu do nada pra mim. Estava vendo tópicos de comunidades sobre o cancelamento de Flash Forward, quando me deparo com o seguinte comentário:

-- Triste ;x

-- Vou continuar vendo Dexter, Spartacus =/

Já conhecia Dexter, o Henrique Croys ama, mas eu nunca me interessei. Em compensação, Spartacus me despertou curiosidade, então recorri ao abençoado Youtube. Pesquiso e me supreendo.

Lutas, arena, gladiadores, sangue, muito sangue e cenas "hot". Tudo isso em um seriado.

Sempre gostei de filmes do tipo, com guerras Romanas, Spartans e Bárbaras, alguns como Tróia, 300, Gladiador. E também o filme 10.000 AC.

E assim logo virei fã de Spartacus. Até agora, assisti somente dois episódios, mas me deu uma vontade de escrever sobre. Não tenho bem idéia do que escrever. Então vou enrolar um pouco da história.

Spartacus é o nome que um Trácio recebe, após uma batalha contra quatro gladiadores, que estavam na arena para o matar, já que ele "traiu" as ordens do exército de Roma. Antes este Trácio tinha um acordo com tal exército, porém, Roma descumpriu o acordo, então ele se relebelou e fugiu com sua mulher, mas logo foi capturado e condenado a morte. Mas como ganhou a luta, e juntamente público, o Rei o vendeu para um dono de Gladiadores, que o levou para seu Ludus. E assim uma nova etapa inicia-se na vida de Spartacus.

Recomendo, porque é a primeira vez que acho um seriado do gênero. Além disso, a atuação do pessoal é muito boa, passam realmente o drama vivido. E também tem uma história bem intrigante, diga-se de passagem. Eu realmente gostei, e quis compartilhar isso.

Espero que assistam, e gostem.

***

Só relembrando, que nosso Podcast está por vir. Não percam. Não sei se vai ser como o Henrique disse, acho que vai ser pior, mas enfim. Se ele diz que não sabe fazer propaganda, imagine eu. Ok, ficarei quieto.

E caso alguma indicação de vocês, trabalharemos nisso. Mandem seus pedidos e sugestões. Não que queiram, ou precisem, mas para ficarmos felizes, e acreditarmos que alguem realmente lê e se interesse por esse Blórgh.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Obrigado por Fumar

É engraçado que, antes mesmo de assistir Obrigado por Fumar (Thank you for smoking, do longínquo 2005) eu pensava em escrever sobre ele aqui na sessão de Recomendações.

Sabe-se lá porque, eu imaginava que fosse gostar do filme, mesmo detestando com todas as minhas forças o trabalho mais famoso do diretor Jason Reitman, Juno.

Mas não foi bem isso que aconteceu.

O filme, leve e um tanto descompromissado, narra a história de Nick Naylor (brilhantemente interpretado por Aaron Eckhart) que é um contratado da indústria de cigarros para, justamente, defendê-los. Indo a programas de televisão, e bolando estratégias para conseguir, no mundo atual dominado pela geração saúde e pelo politicamente correto, introduzir o desejo de fumar nas pessoas. Por conta do emprego ele é mal visto pela sociedade em geral, pelo filho e por todo mundo que ele não tenha a oportunidade de conversar.

Afinal, se o filme tem um trunfo, ele está aí, Nick Naylor é um personagem sensacional, cínico até o último fio de cabelo, seria capaz de convencer o Diabo a dar dízimos a igreja. Mas, embora o filme tenha algumas boas e ácidas piadas, e um protagonista carismático, fica a impressão de que falta algo, por isso ele não entrou na sessão de Recomendações.

E talvez, o sentimento seja mais de decepção do que qualquer outra coisa, o filme em si não é ruim, mas a idéia promete muito mais. Nick poderia passar por muitas outras situações divertidas e interessantes, onde então, o ótimo personagem seria melhor aproveitado, mas infelizmente não é isso que acontece, afinal, a força do filme está toda em Nick.

O roteiro parece um pouco apressado, a discussão é ótima, mas mal aproveitada. No fim das contas, Obrigado por Fumar (onde, incrivelmente, ninguém fuma) vale pela diversão e pelo tom crítico e sarcástico das piadas, mas poderia ser muito mais.

***

Em breve, um super novidade aqui no blog, eu e o Fabrício estamos preparando um podcast super divertido e emocionante com muita música boa e, sei lá, convidados legais. Nada famosos, mas legais , você não perde por esperar.

E eu definitivamente não sei fazer propagandas.

Ah, e siga-nos no twitter também, porque é tão desanimador ter apenas dezesseis seguidores naquilo…

terça-feira, 25 de maio de 2010

Lost

Pois é, seis anos se passaram desde o início da série. Não acompanhei desde 2004, pois não tinha Tv por assinatura. Então nos 3 primeiros anos acompanhei por nossa querida Globo, depois segui meu caminho pela internet.

Me lembro muito bem, início de 2005, ano que eu completaria 13 anos. Anuncia na telinha, um grande sucesso nos EUA, Lost. De cara ja fiquei louco para assistir, o projeto piloto passaria no domingo, no famoso “Domingo Maior”. Pena que eu perdi, sim eu dormi. Porém foi praticamente o único episódio que perdi.Ficava até tarde acordado, esperando o Jornal da Noite acabar, e quando chegava a tão esperada hora, não piscava, não ia ao banheiro, muito menos trocava de canal nos intervalos. Tinha medo de perder qualquer coisa, medo de não intender. E no outro dia, iria a aula morrendo, com olheiras gigantescas.

Nunca fui muito fã de televisão. Até aparecer Lost, parece que isso mudou meu jeito de ver Tv, com certeza. Lost, desde o primeiro instante me cativou, fez eu querer cada dia mais e mais, fez eu torcer para os mocinhos, ou não, como nunca.

No começo eu queria adivinhar as coisas, como fiz na maioria dos filmes. Falava as coisas que iam acontecer, pra mim mesmo, mas falava. E sempre estava errado, esta série me surpreendia cada vez mais, me deixando de boca aberta, queixo caido, cara de tacho.

A sobrevivencia, a compaixão, a seriedade, tudo isso diante do caos. Pessoas assustadas, em uma ilha cheia de mistérios, monstros, pessoas más e milagres.

Chegamos a 2ª temporada, uma escotilha é descoberta. Um mistério gigantesco a ser desvendado, e também uma figura que fará parte da história. Um personagem que desde o início sofreu muito. Mas que no final, se tornaria, sem exagero, indispensável. Participou de todas as temporadas a seguir, foi como um personagem especial, começou então ser a solução de tudo que aconteceria. Também surgia nesse tempo, o tal Flash Back, muito utilizado, muito esclarecedor. Uma idéia genial.

E então o tempo foi passando, não exatamente dentro do Lost, mas foi passando para o Lost. Elenco se alternando muitas vezes, atores de outros lugares além dos EUA. Como por exemplo, um dos atores mais bem sucedidos do Brasil, Rodrigo Santoro. Apesar de uma rapidíssima passagem na 3ª temporada, não deixou de comparecer a série carregando o título de brasileiro. Sua morte foi um tanto complicada, até porque foi enterrado vivo. Mas foi lembrado na última temporada, pois levava consigo um saquinho de diamantes.

E assim várias coisas foram acontecendo, coisas importantes e outras nem tanto, coisas emocionantes, coisas surpreendentes. Algumas das cenas que mais me chocou, foram a morte de Charlie e a suposta morte de Jin, que por sinal me arrancou uma lágrima solitária. Tudo isso somente na 4ª temporada.

Logo estavamos na 5ª temporada, muitas perguntas e poucas respostas. Além de muitas queixas, afirmando que os diretores tinham se perdido, o que creio que não houve. Utilizavam também, além de Flash Backs, os Flash Fowards, que nos deixavam aflitos, pois algumas vezes era impossível imaginar que tal futuro aconteceria. As coisas começaram a ficar mais críticas ainda, muitas perdas, muito sofrimento. Com sobreviventes dentro e fora da ilha, as coisas não corriam bem. Quem estava na ilha queria viver em paz depois de muito sofrimento, e quem não estava queria buscar a paz dentro da ilha.

Finalmente, a 6ª temporada. Os fãs estavam loucos, eu particularmente um fã indiscutível, não esperava muito pelo último ano de Lost, pelo simples fato de que acabaria. Semana passada mesmo, comentei com o Henrique sobre o lançamento do penúltimo episódio, e de como o tempo passou rápido. Eu fascinado por Lost, no primeiro ano, quando nos conhecemos, eu não parava de falar sobre essa série, de como ela me encantava, dos mistérios que eu não decifrava. Não é a toa que ele me zombou por achar o Sawyer bonito, sim, ele é meu personagem favorito, me surpreendia cada vez mais, usava armas, era vigarista, sedutor e garanhão, foi o que mais pegou mulher na ilha. Sem contar seu cabelo, eu invejava aquele cabelo, o meu era comprido, mas não era como o dele. O primeiro presente que Henrique me deu, foi uma revista sobre Lost, falando dos mistérios, curiosidades e contendo o mapa da ilha. Eu tenho ela até hoje.

Então domingo chegou, o dia que passou primeiramente na ABC para os EUA. Eu como um bom internauta, esperei. E segunda-feira apareceu o link para download. Sinceramente, estava morrendo de medo de clicar, fiquei um bom tempo pensando, recapitulando toda a série em minha cabeça, com medo de que aquela uma hora e meia poderia estragar todo meu conceito, ou que poderia até me magoar.

Mas cliquei, na segunda feira de manhã. Minha internet não é lenta, mas o congestionamento era grande, infelizmente estava baixando a 0,5 kbps. Então deixei a noite inteira baixando. Fui assistir hoje de manhã.

E exatamente agora, minha mente travou, minhas mãos tremem, só consigo focar no cursor piscando. Não consigo nem dizer o que sinto sobre o final, essa série representa muito pra mim. Seu final, pra mim foi excepicional. Pessoas ainda perguntam, o que um urso polar fazia na ilha, mas essa pergunta ja foi respondida, no decorrer da série. E os mistérios, o “The End", somente quem acompanha fielmente e realmente ama Lost intenderá. Talvez não tenha mesmo respondido todas as questões. Mas Lost vai além da razão, temos que sentir, acho que o final habita em nós, podemos decifrar do jeito que quisermos, do jeito que sentimos.

Uma série com 114 episódios, com no mínimo 80 horas em frente a Tv ou ao Pc. Uma série em que até nos ultimos minutos não sabia o que iria acontecer. Uma série que torna personagens em heróis. Uma série que mesmo sendo ficção, me faz acreditar que temos um destino na vida, não importa se tomamos um atalho, ou se seguimos por um caminho mais complicado, mais cheio de perigos, sempre seremos reencaminhados ao lugar certo, ao nosso destino. Uma série que me deixa sem palavras e me faz escorrer lágrimas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Hora do Pesadelo

No twitter praticamente falido deste blog praticamente falido, eu certa vez disse: ”só de pensar que vem um novo filme do Freddy Krueger por aí e ngm liga eu fico triste.” Porque, afinal, ninguém demonstrava estar ansioso mesmo, estamos em tempos de Alice e Homem de Ferro, que força o pobre Freddy teria?

Povavelmente a mesma força do filme em si. Nenhuma.

Não sei você, mas eu sempre gostei de histórias de terror, não precisam ser bem contadas, podem até ter aquele roteiro batido: “família muda para cidade/casa bizarra e então eventos bizarros acontecem para que enfim um membro da familia vire um detetive DO NADA e desvende todo o mistério”. Sinceramente, pra mim não tem problema, penso que o legal de um filme de terror é se divertir. Isso mesmo, se divertir. Passar medo, levar sustos, ficar aflito e rir de nervoso, pode parecer sádico, mas é divertido.

Sendo assim, a minha expectativa para esse novo A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street) era grande. Porque se filmes de terror normais já são legais, um com o Freddy Krueger interpretado por Jackie Earle Haley, o Rorschach do maravilhoso, estupendo, lindo e fabuloso Watchmen, seria ainda mais legal. Porque filmes de terror são feitos para serem legais. Ao menos é assim que eu os vejo.

E nem isso o novo A Hora do Pesadelo consegue. Sem nenhum ritmo, os personagens aparecem na tela sem absolutamente nenhum desenvolvimento para, dali duas cenas serem mortos por um Freddy que definitivamente não sabe mais o que faz. É ainda mais sádico dizer isso, mas as mortes não tem graça, isso sem falar que, se os personagens não são bem desenvolvidos, nós não ficamos aflitos com suas mortes, não ocorre identificação, e para quem assiste só resta torcer para que a personagem morra logo e alguns litros de sangue sejam derramados.

Isso, é claro, sem criar um mínimo de tensão, acho que até alguns episódios de Scooby-Doo causam mais medo que esse filme. As cenas “de terror” são rápidas e sem sal, restam alguns gritos, lágrimas e sangue. Mais nada.

Freddy Krueger mata nos sonhos, e, ironicamente, tudo que consegue causar com seu novo filme é sono.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amor sem escalas

Viajar e viajar, embarcar em um avião e ir para longe, de lá pegar outro avião e ir para mais longe ainda, assim, continuar por muito, muito tempo. Logo de cara, da para perceber que esse é um dos meus maiores sonhos.

Em base, Amor sem escala (Up in the air) começa mais ou menos assim. A diferença que George Clooney faz o papel de um cara que viaja por trabalho. E sua função é demitir funcionários de empresas em que o próprio chefe não consegue fazer, ou mesmo não tem coragem.

Esse cara é chamado de Ryan Bingham, sua rotina é bem diferente da nossa, por sinal, a adora e considera simplesmente o aeroporto a sua casa. É um cara muito solitário, mas usa isso como uma coisa boa, diferente de muita gente, não pensa, sequer um instante, em casamento, e diz que não há necessidade alguma.

Porém, se relaciona com uma mulher, que mudará muito seu modo de pensar e agir. Ela aparentemente vive uma vida igual a dele, e não vê vantagens num relacionamento mais casual, com isso vivem sem compromisso, e somente se encontram quando há coincidência em suas viagens. Sendo assim, inicialmente favorece os dois lados.

O conflito começa quando uma recém contratada da empresa onde trabalha, sugere que para haver uma economia e avanço no negócio, o sistema terá que ser mudado, onde a tecnolgia será implantada, sendo assim, utilizaram a internet e uma comunicação ao vivo de audio e video, ou seja, uma webcam para demitirem as pessoas.

Demissão ja é uma barra, pessoas se irritam, se revoltam, outras não levam a sério e algumas até se suicidam. Agora, imagine você, trabalhando numa empresa a décadas, e depois de muitas horas de estresse dedicadas a ela, aparece uma pessoa que você nem conhece, na tela de seu computador, e diz que você esta demitido. É complicado ou não?

É isso que Ryan tenta dizer. Além é claro, que iria perder sua rotina, talvez esse seja seu maior medo. Então, ganha uma nova chance, porém, tem que levar a moça recém chegada, e a sua missão agora é mostrar pra ela o quão difícil é demitir.

Além de muitas demissões, o que o filme passa pra nós, é que há sempre uma nova chance, mas nem sempre é uma chance no que já fazemos, é “simplesmente” uma chance para mudarmos nossa vida, resgatarmos um sonho talvez já esquecido, termos uma perspectiva melhor da vida, olharmos diante do espelho e nos perguntamos: “É isso o que eu realmente mereço?”, “É isso o que eu realmente preciso?”, “É isso o que eu realmente gosto?”.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Recomendação: Wolfmother

O título da sessão ja deve falar po si só, mas ainda assim vou explicá-la.

Essa sessão será composta por…Recomendações, o que é um pouco diferente das críticas pois é algo que realmente gostamos e queremos compartilhar com você, hoje, no caso, é um banda, mas pode ser um filme, uma série, um livro, uma história em quadrinhos ou, sei lá, qualquer coisa.

Não será nescessáriamente algo totalmente desconhecido, como um filme iraquiano que só foi exibido um vez no festival de cinema do Kuwait com legendas em polonês, e nem totalmente conhecido e “novo” como uma banda qualquer que é a nova onda da galera. Será apenas o que gostamos, e pronto.

E é óbvio que você irá adorar tudo o que recomendarmos aqui.

E, a recomendação de hoje, é Wolfmother.

Confesso que fiquei em um dilema, não sabia se colocava o vídeo agora, e falava depois da banda, ou correria o risco de fazer propaganda e, quando enfim você fosse escutar a música, detestasse.

Mas escolhi correr o risco, porque eu não conseguiria não falar do vídeo em si se escrevesse depois dele, e também você poderia muito bem detestar a música e nem terminar de ler o meu simpático post.

Confesso também que, avaliando um pouco os leitores, fiquei em dúvida se deveria ou não indicar essa banda, mas acho que vocês deveriam dar uma chance a ela, se já não a conhecem, uma vez que ela não é totalmente desconhecida.

Eu conheci Wolfmother no Guitar Hero, acho que o 2, escutei o riff destruidor e simples de Woman e fiquei meio perdido com a sonoridade da banda, ela soa exatamente como uma banda de rock clássico, como Led Zeppelin ou AC/DC, mas tem uns elementos, um tanto inexplicáveis que a torna algo totalmente contemporâneo.

Exatamente, Wolfmother consegue ser uma banda “nova” de rock, mas de rock mesmo. Não é como essas outras que misturam um milhão de elementos, não que elas sejam ruins, mas é louvável ver uma banda contemporânea “de raiz” e que, ainda assim consegue inovar.

Os caras do Wolfmother que, no fim do ano passado lançaram seu segundo disco, bizarramente intitulado Cosmic Egg, parecem realmente interessados em apenas tocar rock e beber cerveja, e não em chamar atenção, serem bonitos ou aparecerem na MTV, embora eventualmente dessem as caras por lá na época que eu assistia aquilo.

As músicas do Wolfmother são uma viagem, cheias de energia, melodias e riffs cativantes e guitarras doentias.

Enfim, se você está com vontade de escutar um bom rock, mas rock de verdade mesmo, que soe novo e ao mesmo tempo seja recheado de nostalgia, vai adorar Wolfmother.

Aliás, acredito que você vai adorar de qualquer jeito, porque os caras são muito fodas.

Ja conhecia a banda? Adorou e virou super fã? Achou uma merda desprezível e execrável? Conhece uma banda um milhão de vezes melhor e quer que comentemos sobre ela? Um filme? Enfim, mande sua sugestão, vai que a gente goste. Ou deteste né. Enfim, se merecer (para o bem ou para o mal) um lugar aqui, sua sugestão com certeza o terá.

Resumindo, comente, seu infeliz.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Legião

Mal começou e já acabou, foi essa a impressão que tive após assistir o filme. Não que seja tão curto assim, afinal Legião (Legion) tem 104 minutos.

Mas sabe aqueles filmes, que o suspense e a aflição comandam desde o primeiro minuto? Pois é, esse é assim.

Uma história maluca, com cenas, definitivamente,  inesperadas. A que mais me chamou a atenção foi a seguinte, imagine só, uma velhinha de uns 70/80 anos chega a uma lanchonete no meio do deserto dirigindo um carro, estilo Cadillac. Descendo do carro, filmada com aquele ângulo clássico onde aparecem primeiramente os pés, usando um andador, entra no estabelecimento, com a carinha mais simpática do mundo, e ja se relaciona com todos do local. Até que se transforma, e voa com dentes afiados no pescoço de um homem, logo em seguida leva uma panelada na cabeça, e olhe que não foi uma simples panelada, ela cai, mas se levanta apenas com um corte. Agora o mais sinistro, essa mesma velhinha sai correndo, pulando as mesas sobe na parede, e perambula pelo teto. Na hora não sabia se ria, ou se ficava assustado. E isso foi ainda no começo do filme.

Paul Bettany vive o anjo Miguel, que no filme se rebelou contra Deus, na tentativa de evitar a destruição da humanidade, isso mesmo, na história Deus perde a fé nos homens, e manda milhares de anjos que transformam pessoas comuns em zumbis para o nosso extermínio, um deles é o anjo Gabriel interpretado por Kevin Durand, porém a missão dele é outra. 

O filme se assemelha com um filme de zumbis qualquer, onde pessoas as infectadas e correm atrás do resto. O diferente, é que nesse filme existem vários tipos de pessoas zumbis, desde aquela velhinha até criancinhas inocentes e meiguinhas, além disso, os zumbis dirigem, pensam e armam truques.

Outro fato interessante é que os anjos não são como de costume, asas branquinhas, fofinhos e cabelos cacheados. Aqui eles são munidos de facas e armamento de aço, sem contar suas armaduras e asas que também são de aço.

Legião também não conta somente a história de anjos e zumbis, há um relacionamento familiar e um momentâneo que é criado dentro da lanchonete. Basicamente, existe uma nova “Virgem Maria”, que carrega no ventre uma criança, cujo seu destino ainda não está escrito, e essa criança é a nossa única salvação. Este é o motivo do Anjo Miguel estar protegendo-a.

Um filme muito legal pra assistir, como já disse, passa num piscar de olhos, e facilmente você estará apreensivo com o que irá acontecer, creio eu. Basta ter uma mente aberta, e não levar em conta a heresia -ou não- que o filme trás.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

500 Dias com Ela

Comédias românticas são, em sua maioria, todas iguais.

O casal se conhece, briga, e no final quando um deles está indo embora para a Mugâmbia Setentrional, se arrependem, fazem juras de amor eterno e vivem felizes para sempre.

500 Dias com Ela (500 Days of Summer, no ótimo título que só faz sentido em inglês) não é assim, o filme narra à história de Tom (Joseph Gordon-Levitt), um arquiteto que escreve cartões para datas especiais, presentes e afins, que conhece no escritório onde trabalha a bela, charmosa, simpática e, por vezes insuportável Summer (Zooey Deschanel) iniciando, obviamente, um relacionamento conturbado. Sei que falando assim, o filme parece mais do mesmo, o que nem é de todo ruim para uma parcela do público, mas o que é péssimo para o resto do mundo. Felizmente, 500 Dias com Ela é feito para agradar a gregos e troianos, ao menos nesse quesito.

Aliás, definir 500 Dias com Ela como “comédia romântica” a meu  ver, pode ser um erro, o filme que trata essencialmente de amor tem um humor refinado, não é o tipo de filme que te faz gargalhar, mas te deixa com um sorriso, por vezes agridoce, no rosto. Beira mais a tragicomédia do que a comédia romântica. A maior parte da graça do filme não está no casal em si, e sim no que o relacionamento causa a cada um deles, isoladamente.

Contado de maneira não-linear, e embalado por uma trilha sonora inspiradíssima que casa perfeitamente com o clima indie do filme rendendo até alguns “clipes” isolados e ótimos das mesmas músicas, 5oo Dias com Ela mexe profundamente com quem o assiste.

Seja porque você nunca entende direito o que está acontecendo, a primeira vista, a cena na loja de discos parece uma coisa, depois outra e, enfim, descobrimos do que se trata. O filme do diretor Mark Webb brinca com isso a todo momento.

Ou talvez ficamos abalados ao assistir o filme porque, de uma maneira ou de outra, é praticamente impossível não se identificar com um dos personagens principais. Summer é aquela mulher independente, tem medo do amor, foge dele, e não aceita muito bem o fato de ser amada, Tom mostra-se exatamente o contrário, mergulha de cabeça na relação e, conseqüentemente, sofre mais.

Analisando 500 Dias com Ela vemos que tanto Tom, quanto Summer tiveram um papel essencial na vida um do outro nesses quinhentos dias, ela o ensinou a ser mais confiante, e ele mostrou a ela aquilo que o filme quer mostrar a todo mundo que o assiste. É como se o filme fosse Tom, e o espectador, Summer. E a lição que aprendemos junto com ela é a mais valiosa possível:

O amor vale sim à pena! Assim como 500 Dias com Ela.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Coração Louco

O que dizer no meu primeiro post sobre filmes? Levei uma sorte danada de ter escolhido um filme fácil, não que os outros não sejam, mas a gente se sente melhor quando faz algo que gosta, sobre o que gosta.

E sem enrolação, Coração Louco (Crazy Heart), é um filme muito bom e gostoso de assistir, ou seja, eu gostei. Talvez, não pelo roteiro, que é bastante triste, objetivo do autor, e sim pela trilha sonora, aposto que vai perceber que eu e o Henrique nos encantamos facilmente, ou não, com a musicalidade dos filmes, enfim, o drama se desenvolve com muito country, e country do bom!

Jeff Bridges vive um cantor fracassado, viciado, com sérios problemas de saúde e financeiro, chamado Bad Blake, que já foi um grande nome da música, mas ultimamente não passa por bons momentos. O ator foi muito feliz em ser chamado para o cargo, onde demonstrou sentimentos a flor da pele, um papel um tanto complicado, mas que se for bem representado, certamente irá ser recompensado. E não foi diferente, Jeff Bridges é hoje o melhor ator, ganhador do Oscar e do Globo de Ouro 2010.

Scott Cooper (diretor) explorou o máximo que pode de Jeff, que no filme não foi “apenas” um ator, mas também um cantor, por sinal, de alta qualidade. Com uma voz marcante e sotaque sulista, Blake demonstra o porque de já ter alcançado o sucesso, embora não muito reconhecido pela nova geração da música country.

Entretanto, logo no começo do filme eu me per guntava, será que o filme inteiro vai ser assim, tristão? Nenhum romancezinho? Nenhuma paixão? Mas, sem muita demora, fui respondido, e sim, o filme tem um romance. Maggie Gyllenhaal indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante, interpreta Jean Craddok uma jornalista local, de uma pequena cidade, mãe solteira de um filho de 4 anos, e em uma de suas primeiras entrevistas com um artista famoso, ela se apaixona, por - óbvio - nada mais, nada menos, que Bad Blake. Todavia, que um romance, seja regado de pegações e sexo, o drama trás um amor mais light, que por parte do cantor, é enxergado de forma diferente, tratando-se de uma família, já que se envolve diretamente e emocionalmente com o pequeno Buddy (Jack Nation).

Crazy Heart também é detentor de mais um Oscar 2010, o de Melhor Canção Original com The Weary Kind.

Então está aí, se você curte um drama, que tem como base a música, Coração Louco é uma ótima pedida.

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Siga o @pdemicroondas no Twitter pra não morrer de saudade.

 

sábado, 24 de abril de 2010

Um Estouro de Blog

Começar um bom blog não é tão fácil quanto parece, então gostamos de pensar que a dificuldade que temos agora é um bom sinal.

Acreditamos que tudo o que você precisa saber sobre o blog em si, está na aba (surpreenda-se) “Sobre” logo acima. Por isso é tão difícil começar.

Não que esse seja um bom blog, atualmente, acreditamos que ele seja um lixo, mas ja começamos com a pretensão que ele um dia se torne um bom blog, que nos renda muito dinheiro e fama. Como um filme qualquer da Sessão da Tarde. Não que o Pipocas de Microondas seja equivalente a algum Lagoa Azul da vida. Foi apenas uma tentativa de piada mesmo.

Afinal, quem somos nós? Se você clicar em “Autores” vai descobrir, com mais detalhes, piadas internas e ofensas gratuitas. Mas, em resumo, somos dois amigos que resolveram, meio que do nada, falar sobre cultura em geral. Não que sejamos cultos, mas gostamos de dar palpites e gritar nossas opiniões aos quatro cantos do mundo. Mesmo que pareça piada*, ou não.

E, você bem sabe que não há lugar melhor para dar palpites e gritar opiniões aos quatro cantos do mundo do que a internet. E nela, o meio mais fácil de dar palpites e gritar opiniões aos quatro cantos do mundo, é criando um blog.

Não haverá um periodicidade pré-determinada para os posts, mas garantimos que isso não ficará as moscas. Os posts aparecerão conforme os textos forem escritos e os fãs nos ameaçando de morte. Se eles existirem fora da nossa imaginação.

Portanto, comente aqui nesse primeiro post para não ficarmos depressivos, siga o blog, divulgue e, acima de tudo, leia. Verá então que tudo em sua vida vai melhorar conforme for se servindo das Pipocas de Microondas.

Henrique e Clariano agradacem =)

*Mas, é claro que não queremos fazer um blog de humor. Seria um fracasso ainda maior.