terça-feira, 25 de maio de 2010

Lost

Pois é, seis anos se passaram desde o início da série. Não acompanhei desde 2004, pois não tinha Tv por assinatura. Então nos 3 primeiros anos acompanhei por nossa querida Globo, depois segui meu caminho pela internet.

Me lembro muito bem, início de 2005, ano que eu completaria 13 anos. Anuncia na telinha, um grande sucesso nos EUA, Lost. De cara ja fiquei louco para assistir, o projeto piloto passaria no domingo, no famoso “Domingo Maior”. Pena que eu perdi, sim eu dormi. Porém foi praticamente o único episódio que perdi.Ficava até tarde acordado, esperando o Jornal da Noite acabar, e quando chegava a tão esperada hora, não piscava, não ia ao banheiro, muito menos trocava de canal nos intervalos. Tinha medo de perder qualquer coisa, medo de não intender. E no outro dia, iria a aula morrendo, com olheiras gigantescas.

Nunca fui muito fã de televisão. Até aparecer Lost, parece que isso mudou meu jeito de ver Tv, com certeza. Lost, desde o primeiro instante me cativou, fez eu querer cada dia mais e mais, fez eu torcer para os mocinhos, ou não, como nunca.

No começo eu queria adivinhar as coisas, como fiz na maioria dos filmes. Falava as coisas que iam acontecer, pra mim mesmo, mas falava. E sempre estava errado, esta série me surpreendia cada vez mais, me deixando de boca aberta, queixo caido, cara de tacho.

A sobrevivencia, a compaixão, a seriedade, tudo isso diante do caos. Pessoas assustadas, em uma ilha cheia de mistérios, monstros, pessoas más e milagres.

Chegamos a 2ª temporada, uma escotilha é descoberta. Um mistério gigantesco a ser desvendado, e também uma figura que fará parte da história. Um personagem que desde o início sofreu muito. Mas que no final, se tornaria, sem exagero, indispensável. Participou de todas as temporadas a seguir, foi como um personagem especial, começou então ser a solução de tudo que aconteceria. Também surgia nesse tempo, o tal Flash Back, muito utilizado, muito esclarecedor. Uma idéia genial.

E então o tempo foi passando, não exatamente dentro do Lost, mas foi passando para o Lost. Elenco se alternando muitas vezes, atores de outros lugares além dos EUA. Como por exemplo, um dos atores mais bem sucedidos do Brasil, Rodrigo Santoro. Apesar de uma rapidíssima passagem na 3ª temporada, não deixou de comparecer a série carregando o título de brasileiro. Sua morte foi um tanto complicada, até porque foi enterrado vivo. Mas foi lembrado na última temporada, pois levava consigo um saquinho de diamantes.

E assim várias coisas foram acontecendo, coisas importantes e outras nem tanto, coisas emocionantes, coisas surpreendentes. Algumas das cenas que mais me chocou, foram a morte de Charlie e a suposta morte de Jin, que por sinal me arrancou uma lágrima solitária. Tudo isso somente na 4ª temporada.

Logo estavamos na 5ª temporada, muitas perguntas e poucas respostas. Além de muitas queixas, afirmando que os diretores tinham se perdido, o que creio que não houve. Utilizavam também, além de Flash Backs, os Flash Fowards, que nos deixavam aflitos, pois algumas vezes era impossível imaginar que tal futuro aconteceria. As coisas começaram a ficar mais críticas ainda, muitas perdas, muito sofrimento. Com sobreviventes dentro e fora da ilha, as coisas não corriam bem. Quem estava na ilha queria viver em paz depois de muito sofrimento, e quem não estava queria buscar a paz dentro da ilha.

Finalmente, a 6ª temporada. Os fãs estavam loucos, eu particularmente um fã indiscutível, não esperava muito pelo último ano de Lost, pelo simples fato de que acabaria. Semana passada mesmo, comentei com o Henrique sobre o lançamento do penúltimo episódio, e de como o tempo passou rápido. Eu fascinado por Lost, no primeiro ano, quando nos conhecemos, eu não parava de falar sobre essa série, de como ela me encantava, dos mistérios que eu não decifrava. Não é a toa que ele me zombou por achar o Sawyer bonito, sim, ele é meu personagem favorito, me surpreendia cada vez mais, usava armas, era vigarista, sedutor e garanhão, foi o que mais pegou mulher na ilha. Sem contar seu cabelo, eu invejava aquele cabelo, o meu era comprido, mas não era como o dele. O primeiro presente que Henrique me deu, foi uma revista sobre Lost, falando dos mistérios, curiosidades e contendo o mapa da ilha. Eu tenho ela até hoje.

Então domingo chegou, o dia que passou primeiramente na ABC para os EUA. Eu como um bom internauta, esperei. E segunda-feira apareceu o link para download. Sinceramente, estava morrendo de medo de clicar, fiquei um bom tempo pensando, recapitulando toda a série em minha cabeça, com medo de que aquela uma hora e meia poderia estragar todo meu conceito, ou que poderia até me magoar.

Mas cliquei, na segunda feira de manhã. Minha internet não é lenta, mas o congestionamento era grande, infelizmente estava baixando a 0,5 kbps. Então deixei a noite inteira baixando. Fui assistir hoje de manhã.

E exatamente agora, minha mente travou, minhas mãos tremem, só consigo focar no cursor piscando. Não consigo nem dizer o que sinto sobre o final, essa série representa muito pra mim. Seu final, pra mim foi excepicional. Pessoas ainda perguntam, o que um urso polar fazia na ilha, mas essa pergunta ja foi respondida, no decorrer da série. E os mistérios, o “The End", somente quem acompanha fielmente e realmente ama Lost intenderá. Talvez não tenha mesmo respondido todas as questões. Mas Lost vai além da razão, temos que sentir, acho que o final habita em nós, podemos decifrar do jeito que quisermos, do jeito que sentimos.

Uma série com 114 episódios, com no mínimo 80 horas em frente a Tv ou ao Pc. Uma série em que até nos ultimos minutos não sabia o que iria acontecer. Uma série que torna personagens em heróis. Uma série que mesmo sendo ficção, me faz acreditar que temos um destino na vida, não importa se tomamos um atalho, ou se seguimos por um caminho mais complicado, mais cheio de perigos, sempre seremos reencaminhados ao lugar certo, ao nosso destino. Uma série que me deixa sem palavras e me faz escorrer lágrimas.

6 comentários:

Gabriela P. disse...

Assim até parece que era uma série legal de verdade! Tá, parei! :x
HASIUDHSIAHDIS
Mas de qualquer forma, nunca gostei de Lost mesmo, até porque nunca insisti muito em assistir...
Tenho medo de quando Supernatural acabar, isso sim. Muito medo. o.O

Beeeijo

Ariel Augusto, disse...

Tenho medo de quando Supernatural acabar, isso sim. Muito medo. o.O
[2]

Mais,indepedente da série ou seriado, sempre vao ter questoes que faça agente refletir sobre a ela , e como nossa vida se baseia nela :)

ju and raffa s5 disse...

o último parágrafo foi tocante..u-u'
ahuashaushaushasuhasuasa
eu nunca tive paciencia pra ver Lost.

Rodrigo disse...

Haha
Belo texto.
Também sou um dos vários que ficaram órfãos depois do fim de Lost. E ironicamente, comecei a assistir à série do mesmo modo que você. Acompanhei na globo até a troca do estúdio de dublagem (terceira temporada, se não me engano). Aí, a espera para o fim do Jornal da Noite, deu lugar para a espera do episódio legendado sair. Foram seis anos de espera, e muita, muita satisfação.

Unknown disse...

ah cara!
fiz um comentário pequeninho, e o blog não aceitou porque: Seu HTML não pode ser aceito: Must be at most 4,096 characters
droga!
vou te mandar via msn xD

Rafael Sperling disse...

Bom post! Mas confesso que nunca liguei muito pro Lost...
Abraço!